A (IN) EXISTÊNCIA DE UM DIREITO À EXPLICAÇÃO DE DECISÕES AUTOMATIZADAS

THE (NON) EXISTENCE OF A RIGHT TO EXPLANATIONOF AUTOMATED DECISIONS

Autores

  • Cláudio José Franzolin Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Giovanna Voorn Monteiro Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Lucas Catib De Laurentis Pontifícia Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.56256/themis.v23i1.1103

Palavras-chave:

Direitos Fundamentais, Direito à Explicação no Âmbito da LGPD, Regulação da Inteligência Artificial , Direito ao Esclarecimento

Resumo

Em resposta às decisões automatizadas dos sistemas de Inteligência Artificial, o presente artigo tem como objetivo principal contribuir acerca da viabilidade do direito à explicação, levando em conta os contornos da Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) e do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia sem excluir o diálogo com outras fontes normativas, em especial o AI Act do bloco europeu e o PL nº 2338/23 que tramita perante o Senado Federal brasileiro. O objetivo específico é fazer um estudo qualitativo do direito à explicação acerca das decisões automatizadas sob a perspectiva do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia e da Lei Geral de Proteção de Dados. Para tanto, será adotado o método analítico com procedimento da análise de conteúdo documental e bibliográfico que permita o cotejo, no que for possível, entre ambas as regulações. Verifica-se, entretanto, que a implementação de um direito à uma explicação posteriori ainda é restrita e limitada. Outro objetivo é abordar, analiticamente, a delimitação conceitual de explicação de decisões automatizadas e os limites do seu conteúdo levando em conta a extensão de quais informações podem ser transmitidas ao titular. Ao final, constata-se um cenário de (in)existência do direito à explicação. Precipuamente porque a redação da regulação da Inteligência Artificial impõe a solicitação e o fornecimento de explicações como um direito individual das pessoas afetadas pela IA, enquanto a legislação de proteção de dados não consagra esse direito de forma expressa ao titular dos dados pessoais.

Biografia do Autor

  • Cláudio José Franzolin, Pontifícia Universidade Católica de Campinas
    Professor Dr. pesquisador e titular do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da Puc-Campinas onde também é professor nos cursos de Graduação de Direito e de Engenharia Ambiental. Doutor e Mestre em Direito pela PUC-SÃO PAULO.
  • Giovanna Voorn Monteiro, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

    Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PPGD-Puc-Campinas). Graduada em Direito na mesma Instituição.  Advogada.

  • Lucas Catib De Laurentis, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

    Professor Titular Categoria A1 da PUC-Campinas. Coordenador e membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Direito (PPGD). Mestre e doutor em Direito constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi pesquisador visitante com bolsa CAPES sanduíche da Albert Ludwigs Universität Freiburg e do Instituto Max Planck de Freiburg. Advogado

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Publicado

26-03-2025

Edição

Seção

ARTIGOS CIENTÍFICOS

Como Citar

A (IN) EXISTÊNCIA DE UM DIREITO À EXPLICAÇÃO DE DECISÕES AUTOMATIZADAS: THE (NON) EXISTENCE OF A RIGHT TO EXPLANATIONOF AUTOMATED DECISIONS. (2025). THEMIS: Revista Da Esmec, 23(1), 65-91. https://doi.org/10.56256/themis.v23i1.1103