NECROPOLÍTICA E REIFICAÇÃO: UMA REALIDADE QUE AVANÇA E DESAFIA AS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS POR POLÍTICAS CONSTITUCIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.56256/themis.v20i2.850Abstract
O conceito de necropolítica está relacionado ao exercício de um poder estatal sobre a mortalidade. O Estado define quem pode viver e quem deve morrer. Neste marco teórico, o presente trabalho analisa o posicionamento das instituições públicas face o cidadão negro no Brasil. A realização do estudo emprega procedimentos metodológicos como a revisão bibliográfica e a pesquisa documental, a partir do método dialético tripartite hegeliano. A consecução de tais objetivos se baseia na contribuição de autores como Achillle Mbembe e Axel Honneth. Os dados empíricos são recolhidos do Atlas da Violência, o qual aponta que em 2018 os negros (soma de pretos e pardos, segundo classificação do IBGE) representaram 75,7% das vítimas de homicídios. Em conclusão parcial, percebe-se que vigora no país uma necropolítica, a qual revela a reificação do cidadão negro. As instituições estatais brasileiras, seja por ação ou omissão, elegem inimigos. A consequência é a marginalização do negro no contexto social. O quadro desafia a promoção de políticas constitucionais para solucionar a questão.
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