A RESSUSCITAÇÃO DIGITAL COMO MODELAGEM DE CORPOS? DOS CORPOS FABRIS AOS CORPOS TECNOLÓGICOS
DOI:
https://doi.org/10.56256/themis.v21i2.1003Abstract
O objetivo do presente trabalho é analisar se a ressuscitação digital pode ser considerada como uma das formas de modelagem de corpos. A Revolução Industrial foi responsável por modificar profundamente noções como propriedade, produto, consumo, etc. Com o avanço da revolução industrial, foi necessário criar mecanismos que disciplinassem o ser humano, de modo que este pudesse ser uma peça fundamental na engrenagem produtiva. Assim, Michel Foucault cunhou o termo biopoder, que culminava em um poder que organizava sistematicamente a vida; percebeu-se que este poder não ficou estanque na história, podendo ser compreendido atualmente como um biopoder cibernético que ajuda a relançar no mercado os chamados corpos eletrônicos. Concluiu-se que a ressuscitação digital parece ser mais uma das modelagens impostas ao corpo com o objetivo de se atender aos anseios do moderno capitalismo. O método de abordagem utilizado para a elaboração do trabalho foi o hipotético-dedutivo, enquanto o método de procedimento foi o bibliográfico, através da análise de livros, notícias e artigos científicos.